Podemos
definir Competência como o conjunto
de conhecimentos, habilidades e comportamentos
que permitam ao líder gerar um
determinado RESULTADO através da coordenação do trabalho da equipe.
As
Competências em habilidades e conhecimentos referem-se aos aspectos
técnicos do trabalho (competências técnicas) que variam muito conforme
as características de produtos e serviços produzidos pela organização.
As competências comportamentais que envolvem aspectos comportamentais e fatores de inteligência emocional, entretanto, são necessárias
a todo líder.
Relacionamos
as Competências Básicas indispensáveis ao perfil do líder:
Autoconhecimento
– O líder deve ter boa percepção e sensibilidade dos seus impulsos, limitações
e motivações. Bem como sobre o efeito destes comportamentos sobre as pessoas
com quem convive. Autoconfiança e autoavaliação realista são posturas
indicadoras do autoconhecimento e apresentam forte impacto na situação de
trabalho em equipe.
Automotivação
– Capacidade de definir metas pessoais e persegui-las com energia, entusiasmo,
otimismo e comprometimento com os objetivos do trabalho. O líder motivado é
fonte constante de estímulo para o
grupo. Grandes desafios nas equipes só podem ser vencidos com líderes
motivados.
Comunicação/Empatia
– O trabalho em equipe só será possível com a prática de uma boa comunicação.
Mesmo os grupos pequenos estabelecem teias
de comunicação e tornam-se palcos de fortes emoções, formam-se alianças
e objetivos divergentes estabelecem-se. Cabe ao líder tentar compreender com
empatia os pontos de vista de todas as pessoas em sua volta e administrar
as diferenças. A empatia manifesta-se
na habilidade de reconhecer a necessidade das pessoas de crescer, por
isso investem no desenvolvimento dos talentos como treinadores e mentores.
Sociabilidade
–
Competência para administrar relacionamentos, capacidade de criar campos em
comum. As pessoas parecem saber, intuitivamente, que os líderes têm que
administrar seus relacionamentos de forma eficaz. A tarefa do líder é fazer
com que o trabalho seja feito por outras pessoas e a saciabilidade torna isto
possível. A sociabilidade manifesta-se, também, na competência em administrar
a diversidade que se manifesta nos grupos de trabalho, através da discussão, a
competição e o conflito.
Ousadia
e Flexibilidade – Espera-se que o líder seja empreendedor e não
somente um mantenedor. Mas, antes de tudo, que tenha comportamento flexível,
pronto a adaptar-se a situações novas e a quebrar paradígmas.
Diante
do processo de mudanças rápidas e profundas, que tornam os mercados globais e
cada vez mais competitivos há uma grande carência de líderes. Profissionais
em funções de liderança são mais valorizados pelas suas competências
comportamentais na direção de equipes, do que pelo uso do poder hierárquico
conferido pelo cargo ocupado na organização. Embora as competências técnicas
(habilidades e conhecimentos) sejam importantes, para o líder os fatores de Inteligência Emocional são
decisivos.
O
líder para ser competente ou eficaz, deverá combinar pelo menos as seguintes
dimensões: Política, psicossocial, administrativa e técnica.
Nos
níveis hierárquicos mais elevados é exigida maior ênfase na dimensão política
da ação gerencial. A dimensão
psicossocial é testada a todo momento e está estreitamente ligada a pessoas,
direta ou indiretamente. A falta desta habilidade causa dificuldades no
desenvolvimento das pessoas , cria situação de crises e conflitos
interpessoais. A dimensão administrativa é a mais conhecida e ás vezes mal
desempenhada, pois vários gerentes ao invés de delegar, executam tarefas
devido o despreparo gerencial em deliberar a quem realmente deve agir. A dimensão
técnica abrange a natureza que é usada pelo líder na execução do trabalho
em si, pela informática, contabilidade, economia, engenharia e áreas afins.
Esclarecendo
a eficácia/competência do líder/gerente é resultado da adequação
situacional e habilidade para lidar com pelo menos esta s quatro dimensões.
Liderança
é um fenômeno histórico relacional que se manifesta em uma situação específica,
quando a abordamos somente como estil9o comportamental e um indivíduo, estamos
simplificando o problema e tornando as situações inconsistentes e questionáveis.
A revista Fortune
de 28 de outubro de 1988 publicou um excelente artigo intitulado Sete
Chaves para a Liderança nos Negócios. O autor, Ken Labeich, entrevistou
centenas de executivos e pessoal de primeiro escalão, até identificar os princípios
que essas pessoas consideram ser a chave para uma liderança eficaz.
.Confie
nos seus subordinados. Diversos
estudos chegaram é conclusão de que os laços de amizade e respeito atuam com
um catalisador da criação de alto desempenho. Mais importante do que você
confiar nos seus subordinados é eles confiarem em você. Para tomarem-se seus
seguidores, seus subordinados devem ter absoluta confiança em sua integridade.
A integridade surge sempre como a qualidade mais importante da liderança. As
pessoas colocam todo o seu coração no trabalho, ou em qualquer outra
coisa, somente quando se sentem seguros. E somente se sentirão seguros quando
puderem relaxar e confiar em você completamente.
A segunda chave é desenvolver uma visão. Somente
líderes podem planejar o futuro. Os líderes excepcionais aprofundam-se em
desenvolver e materializar um retrato claro da posição em que desejam
encontrar a organização dentro de um, trás e cinco anos. Os líderes também
têm a habilidade de compartilhar essa visão com as pessoas, que as assimilam
como se fossem suas. Assumem a propriedade da visão. É a visão daquilo que
desperta emoção e motiva as pessoas a darem o melhor de si. As visões mais
poderosas são aquelas identificadas e descritas qualitativamente, em termos de
valores e missão, contrastando com aquelas que são descritas quantitativamente
em termos de dinheiro. Certamente, dinheiro é importante, mas a decisão e o
compromisso de atingir o melhor no mundo dos negócios é muito mais excitante
do que objetivos financeiros.
Terceira chave no artigo da Fortune:
mantenha a calma. Um estudo realizado na Faculdade de Administração de
Stanford examina as qualidades que as empresas procuram identificar na promoção
de seus gerentes mais jovens para cargos executivos de primeiro escalão,
principalmente para o cargo de gerente geral. O estudo conclui que são duas
essas qualidades. A primeira é a capacidade de montar um time e funcionar como
parte dele. A segunda qualidade exigida para uma rápida promoção é a
capacidade de funcionar bem sob pressão, principalmente nas crises, situações
para as quais o artigo da Fortune
recomenda manter sempre a calma. Mas, para manter a calma é preciso praticar a
paciência e o autocontrole virtualmente sob qualquer circunstância. 0 caráter
e a qualidade de um líder normalmente ficam demonstrados naqueles momentos críticos,
sob fogo, com todo mundo observando e fazendo anotações. Kipling dizia:
"Se você conseguir manter sua cabeça no lugar, quando todos em sua volta
estão perdendo a sua, e culpam você por isso, então o mundo será todo seu, e
tudo o que nele existe." Uma
das causas principais do insucesso na administração é a falta de habilidade
de desenvolver um bom relacionamento com colegas, quase sempre identificada pela
raiva, crítica, explosões emocionais e a incapacidade de fazer com que outras
pessoas sintam-se como membros valiosos dentro do empreendimento.
A quarta chave no artigo da Fortune refere-se a
encorajar a correr riscos. . Deixar que as pessoas experimentem coisas
diferentes e permitir que cometam erros honestos. Na verdade cada um de nós
mantém razoavelmente encoberto o medo de falhar, e cabe ao líder deixar bem
claro que ninguém será penalizado ou excluído por tentar fazer alguma coisa
que venha a não dar certo. Thomas J. Watson Sr., fundador da IBM e grande
formador de pessoas, adotava uma atitude correta com relação aos erros.
Um dos seus jovens vice-presidentes tinha encetado um projeto de pesquisa
de 10 milhões de dólares que foi um fracasso e teve de ser contabilizado como
prejuízo. Ao ser chamado à sala de Watson, o vice-presidente foi fogo dizendo,
"Bem, acho que fui chamado até aqui para ser despedido." Watson
respondeu, "Demiti-lo? Por quê faria isso. Acabei de gastar 10 milhões de
dólares para educá-lo! Agora vamos falar do seu próximo projeto." Isso
é liderança. Líderes eficazes aceitam erros honestos e apoiam as pessoas para
que aprendam com seus erros e cresçam a partir deles. Preferem olhar para o
futuro do que parar no passado. Ao invés de se preocuparem com o que aconteceu
e de quem foi a culpa, discutem os passos futuros e decidem o que fazer dai para
a frente. Ao invés de culpar, põem o passado de lado e passam a adotar ações
positivas e construtivas.
A quinta chave é ser um expert na sua especialidade.
Conheça o que você está fazendo, do começo ao fim. Dedique o tempo que for
necessário para dominar completamente os conceitos e técnicas essenciais do
seu trabalho ou profissão. Conhecimento é poder. Especialização técnica é
poder. Um item de informação adicional ou grau extra de habilidade pode fazer
muita diferença no momento crítico.
A sexta chave é acolher discordâncias. Procure
criar um ambiente onde as pessoas sintam liberdade de dizer o que lhes passa
pela cabeça. Todo mundo é sensível ã desaprovação de seus superiores. Líderes
eficazes têm consciência disso e vão a extremos para solicitar a opinião
espontânea e a reação honesta das pessoas com quem trabalham.
A sétima
chave é simplificar. Warren Banas, que escreveu o best-seller Leaders
com Burton Ennis, diz que uma das primeiras leis da liderança é que se
deixarmos correr solto, o detalhe burocrático e o serviço induzido pelo
trabalho consumirão todo o tempo disponível, impedindo todo o trabalho
criativo e o planejamento do futuro. Para combater essa tendência de se
envolver com os detalhes, cada um deve disciplinar-se e definir prioridades bem
claras, passando a fazer primeiro o que tem de ser feito primeiro, uma coisa de
cada vez. Você deve concentrar sua energia nas poucas áreas que podem gerar
resultados importantes. Você deve perguntar-se sempre o quê você pode fazer,
e só você pode fazer, que uma vez bem feito realmente faça diferença. Tudo o
mais deve ser delegado.
DISPOSIÇÃO
PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES
Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a
quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele
eu ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentadas anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus
vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas
encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se
impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.
UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO
QUE É JUSTO
Esta
é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe,
o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança
segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação
de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de
nivelamento.
PLANOS DEFINIDOS
O
líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização
de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma
participação de seus subordinados.
PERSEVERANÇA NAS DECISÕES
O
gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si
mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes
considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a
possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.
Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não
diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um
gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua
convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto,
reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela
decisão junto com o gerente.
O HÁBITO DE FAZER MAIS
DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO
Um
dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do
pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois
deles é um exemplo deste atributo de liderança.
UMA PERSONALIDADE
POSITIVA
As
pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e
mantém uma equipe com entusiasmo.
EMPATIA
O
líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu
pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não
precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as
pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista.
DOMÍNIO DOS DETALHES
O
líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é
evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades
inerentes à sua posição.
DISPOSIÇÃO PARA
ASSUMIR PLENA RESPONSABILIDADE
Outros
ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores.
Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve
considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa
responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus
seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade
é minha".
DUPLICAÇÃO
O
líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades
em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de
"estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo".
Talvez
este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver outros
lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os
seus talentos e fez evoluir.
UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS
A
expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar
por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual
valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil.
O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os
obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a
determinação de batalhar por sua realização.